“Fala Preto Velho” é o livro trazido pela ternura de Pai João de Angola e psicografado pelo médium Wanderley Oliveira.
O querido Pai João, responde a várias perguntas e eu transcrevo 3 delas, aqui. Escolhidas, pela urgência em desmistificar o pré-conceito existente sobre a figura dos pais-velhos. São elas:
“Como definir preconceito?”
Pai João: – “Preconceito é quando as diretrizes do comportamento são orientadas pela forma de pensar que polui a mente com crenças imaginárias a respeito do que significa a vida que nos rodeia. É a paixão por aquilo que acreditamos, e que em muitas situações, vai em direção contrária ao que sentimos nas profundezas da alma pura”. (pg.276)
“E o preconceito conta os pai-velhos”? Tidos como espíritos atrasados, inferiores, ignorantes, guias-cegos, etc.
Pai João: – “Muzanfio, se falar errado ou ser preto velho é um sinal de inferioridade, então eu sou inferior, e, enquanto existir preconceito na Terra, serei, propositalmente, preto-velho.
Nego véio anda curvado, com a mão nas costas, fala errado mesmo, e todo mundo entendi na alma a mensagem de nego. Como já disse, nego está sendo útil sendo quem é.
A pergunta que nego faria é a seguinte: – falar certinho, conforme as regras, ou usar um linguajar rebuscado é garantia de superioridade moral?
Estamos precisando mais de respeito do que correção linguística, muzanfio. O desrespeito, este sim, define atraso e inferioridade, quando faz parte da convivência.” (pg. 277)
“O senhor usa este mesmo linguajar de preto-velho no mundo espiritual?”
Pai João: – “Não, fio. A forma de nego véio falar aqui é ainda mais complexa. Falo iorubá, bantu, francês, inglês, espanhol e por telepatia no tempo (risos). Preto véio é curto (culto), né, muzanfio (risos)” …
Surpresa!
“Pai João de Angola, é reencarnação do espanhol Francisco Jimenez de Cisneros (1436 – 1517), mais conhecido como Cardeal Cisneros*, tem em seu método de comunicação, antes de tudo, um atestado de que ao espírito cabe o direito de se manifestar em sua forma peculiar, sem que isto signifique, obrigatoriamente, um critério de evolução ou densidade de conteúdos moralistas. … Pai João mostra que mentores também erram, também choram, também falam ou escrevem errado. Os mentores também são gente”
O autor espiritual explica que a função dos templos ou grupos espirituais é de “estimular a conquista da fé em Deus e prática da caridade sem olhar a quem”.
Ele afirma, que todos temos fé, até mesmo os que afirmam não tê-la. Mas, que é necessário aprender a usar a fé. E, para isto, nos mostra um caminho de 3 passos: (pg.195)
- “Renovar as crenças sobre a vida”
- “Educar o pensamento com foco na beleza da vida e a pureza do Criador”
- “Ter atitude de louvor ao bem.” (atitude de semear e semear o bem, sem olhar a quem)
O querido Pai Velho, pede para não ficarmos presos a ideia de não termos fé suficiente. Ele reafirma que todos temos fé, mas precisamos aprender a movimentá-la no bem, para expandi-la./
“Quem só enxerga treva já se prendeu na prisão da sombra interior”
Pai João fala sobre magia, mau olhado e defesa energética. Nos ensina que:
“Amuleto TEM força, sim! Pai de Santo TEM força, sim! Mas, o que faz a diferença é como nos relacionamos com a magia que vem de fora. É importante entender, que o que vem de fora TEM poder e o que vem de dentro “É” o poder.” (pg. 94)
A obra aborda inúmeras outras questões, levantadas pelas pessoas, atendidas pelo Pai Velho. Ele explica, por exemplo, que:
“O autoamor é como um cofre protetor de segurança máxima, capaz de resguardar os nossos valores íntimos da loucura e da maldade alheia. Precisamos ter o segredo desse cofre bem guardado, sendo nós mesmos os únicos a saber como acessá-lo”. (pg.73)
“Quando nos amamos, atraímos as pessoas que merecem nosso amor. No entanto, se formos o nosso próprio inimigo e nos tratarmos com negativismo, (nos menosprezando, rebaixando ou nos achando incapazes, inferiores, etc.) atrairemos pessoas do mesmo teor de energias enfermas.” (pg.74)
Pai João ensina ainda, os benefícios de uma “horta mística”, os sete passos contra o mau olhado, que devemos abraçar nossos obsessores, que não há momento ruim para a morte, e muito mais.
O querido Pai Velho, tira dúvidas sobre nossos questionamentos: – Se estamos no caminho certo? Se precisamos desenvolver a mediunidade? Se estamos com o corpo fechado? Se nossos caminhos estão abertos? E várias outras questões de relacionamento e do cotidiano.
O livro transpira a doçura sábia, simples e cativante dos pais velhos.
Uma lição amorosa para a vida!
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*Você pode ler mais sobre o Arcebispo e Cardeal de Cisneros, clicando em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Jim%C3%A9nez_de_Cisneros