Arrogância ll

“… A mais destruidora atitude na convivência humana é a nossa arrogância de acreditar convictamente no julgamento que fazemos acerca de nosso próximo. Mesmo imbuídos de intenções solidárias, somos ignorantes em matéria de limites nas relações humanas. Quase sempre somos assaltados por velhos ímpetos… que nos inclinam atitudes de invasão e desrespeito” …                                                                        [pg. 117]

 

Escutando Sentimentos

Somente estes dizeres, bastariam para meditar por um bom tempo em nossas atitudes nas relações. Eles fazem parte do capítulo 9, do livro “Escutando Sentimentos”[1], que estuda o tema da arrogância.

 O que torna uma pessoa importante, é “sua capacidade de servir e realizar”. O impulso para ser útil, edificar, superar limites, alcançar novos patamares, gerar o progresso e a qualidade de vida para os si e os demais, é o mesmo princípio que origina a arrogância.

A Maior Causa de nossa Dificuldades

Nossa grande dificuldade é que adotamos parâmetros fora de nós. Se admiramos alguém, queremos imita-lo e partimos em direção aos referenciais que estão no outro, mesmo que não tenham nada a ver com nossa personalidade e temperamento. Queremos competir para alcançar a suposta igualdade de ser igual ao outro, ou ter o que ele possui.

Enquanto, seríamos muito mais felizes, se adotássemos objetivos que nos são próprios e vem de dentro de nós, em direção aos nossos verdadeiros anseios. Sem competição ou “inveja” disfarçada de admiração.

Mas, para agir assim, precisamos nos conhecer para saber quem somos e quais nossos limites e potencias.

Humildade

A autora do livro explica que: … “Humildade é saber quem se é. Nem mais, nem menos. É o estado da mente que se despe das comparações para fora e passa a comparar-se consigo própria” …

O que a Inveja tem a ver coma Arrogância?

 Ermance orienta também, que ao se comparar com o outro, ou buscar o que o outro tem, não descobrimos o valor pessoal e não nos amamos.  Por isso, necessitamos compulsivamente estabelecer disputas, motivados pela “INVEJA” (admiração), ao invés de valorizar o desejo verdadeiro dos sentimentos próprios.

Esta é a nossa maior causa de infelicidade. Buscar fora de nós, o propósito que está dentro de cada um. Mas, isto não é tarefa fácil de perceber em nós. Além da humildade de nos reconhecer como somos, é necessário ter grande aceitação de nossas imperfeições e limites, aprendendo a gostar de nós, eliminando a ansiedade de competir, denegrir ou excluir.

Respeito

Toda vez que denegrimos, julgamos, desprezamos ou somos invasivos (intrometidos) à vida alheia, estamos nos sentindo superiores a ela, mesmo se estivermos com a “boa intenção” de educa-la.

Sem auto amor e respeito aos semelhantes”, não teremos o entusiasmo de progredir e não nos libertaremos da doença da dependência do prestígio e do reconhecimento do outro, para nos sentirmos motivados.

Auto Reconhecimento e a Valorização de Si

O reconhecimento Maior, virá da própria remissão da consciência e do mérito da nossa preparação. Em outras palavras: -Virá de Si mesmo, ao se livrar da auto culpa, e do esforço pessoal em se conhecer e se aceitar. Além da experiência pessoal, em gerar o bem a Si e ao seu redor.

A autora afirma que “não existem pessoas mais valiosas no serviço do bem na Terra. Existem resultados mais abrangentes e expressivos que outros, no entanto, não conferem privilégios ou são sinônimos de sossego interior aos seus autores. …alguns trabalhadores, com menor expressividade na sua expressividade espiritual, alcançam níveis incomuns de alegria e bem estar com a vida”.

A honestidade emocional começa com as perguntas:

– “Por que estou sentindo o que estou sentindo?

– Qual mensagem meu coração está indicando?

– Por que me sinto diminuída perante determinada criatura?….

– Consigo perceber minha melhora no uso dos recursos que recebi? (as palavras, a arte da escrita, o ouvir, a influência do verbo, o talento de administrar, a força física, a saúde, a inteligência, etc.)

– Estarei utilizando para meu crescimento e de outros?

– Consigo perceber minha melhora no uso destes recursos?”

A outra faceta da arrogância é a baixa autoestima:

O desgaste das forças íntimas, ao longo de uma trajetória de ilusões na supervalorização de si, traz como efeito o “Vazio Existencial”. 

  • “O sentimento de indignidade é decorrente da arrogância.
  • O complexo de inferioridade é a resultante dos grandes desvios na caminhada”. 

Batalha inteligente contra o próprio Egoísmo: 

  • Aprender o AUTOAMOR é fundamental!
  • Autoconhecimento para manejar a inteligência e corrigi-la para melhores escolhas.
  • Exigência: muito TATO, muita EXPERIÊNCIA, profunda OBSERVAÇÃO!

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[1] Escutando Sentimentos – pelo médium, terapeuta e escritor Wanderley Oliveira, psicografado por Ermance Dufaux

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