Desmistificando a obsessão

Durante muitos anos, trabalhei em Centros espíritas e espiritualistas e tive inúmeras vivências na área da obsessão.

Agradeço pela oportunidade de ter passado por várias linhas espiritualistas, na busca de mim mesma, que me garantiram observar múltiplos pontos de vista.

Apesar destas visões variadas, sobre espiritualidade, mostrarem uma diversidade de caminhos, que nos levam ao mesmo destino, tornei-me cética em relação a certos lugares, com muitas regras.

A minha melhor religião foi praticada nos locais em que acolhiam trabalhadores, ao invés de discrimina-los, e por simples pré-conceito.

Onde me disseram: – “não vá por ali”, foi o local que abandonei, por agredir o meu ideal de “liberdade de escolha”.

Penso que nenhum  mentor ordena nada a ninguém. Eles sugerem, mas não determinam. Por que o nosso livre-arbítrio é nosso Bem Maior e inalienável.

Todos os Caminhos levam ao Pai…

Por isso, locais com excessos de regras impostas  e que limitam escolhas, não é lugar para quem acredita que toda busca acrescenta. É lugar de gente que se acha melhor do que os outros, para impor-lhes seu ponto de vista.

Religião é o modo de cada um re-ligar-se ao Divino que existe em Si! Não pode ser questionado ou criticado. “Todos os caminhos levam ao Pai”, nos ensinou o Grande Avatar!

Quem acredita que seu ponto de vista serve para SI mesmo, não critica o caminho do outro, pois tem a humildade de respeitar todos os caminhos.

Mas, quem se acha dono da “cocada preta”, e tem a arrogância de condenar a escolha alheia, só por achar que seu caminho é melhor, pode mudar e pensar que é melhor para SI, e passar a respeitar as escolhas por caminhos diferentes, de cada um.

Religião ou Relacionamento?

Em diversos locais que frequentei, não só dentro da doutrina espírita, mas em locais de espiritualidade livre, deparei-me com esta mesma questão, que percebo ser mais de “RELACIONAMENTO”, do que de religião.

Os dirigentes tem medo dos que pensam diferente. Mesmo com aqueles, que não se manifestem explicitamente, isto ocorre. Pois, temem perder o controle da instituição, se ideias novas forem “infiltradas” nas suas instituições. Enredados, em verdadeiras ideias de “teorias da conspiração”, abominam qualquer ideia nova que possa vir ameaça-los, ou ao seu rebanho.

Fico a me perguntar: – “Eles acreditam mais nos espíritos obsessores, do que nos trabalhadores”?

E, mesmo que algum obsessor contasse algum crime sobre algum trabalhador, a função de um grupo espiritualista, não é a de acolher e ajudá-lo em uma conversa direta, franca e intimista?

No entanto, não é isso que acontece. Os trabalhadores passam a ser excluídos de tarefas, discriminados, vítimas de fofoca, e o clima se torna insuportável, gerando desistências e conflitos maiores, para os que estão tentando fazer algo para sua própria melhoria.

Mas, a vida me proporcionou conhecer  muitos grupos de linhas diferentes, e cheguei a uma conclusão: – “se no lugar de um bom relacionamento e acolhimento (que te promove e incentiva), te colocam para baixo,  há competição, fofocas, discriminação, pré-conceitos e medos que você seja um agente duplo (na teoria da conspiração de dirigentes surtados), esteja certo:- Este não é o seu lugar!”

Em diversas ocasiões, me obriguei a ficar em grupos, pelo bem da “suposta causa” de ajudar ao próximo. Assim como, exigi de mim, ficar em empregos detestáveis, para o “bem” das crianças carentes que lecionava. Na minha ingenuidade, eu pensava que era necessário sacrificar-me e a tudo tolerar, pelo bem do próximo. E os obsessores faziam a festa, para tornar meu trabalho mais difícil.

No entanto, demorei a perceber que o próximo que eu mais precisava ajudar  era eu mesma! – Eu era a pessoa que mais devia amar. E se eu não soubesse me amar e valorizar, como é que ajudaria aos outros?

Kardec, o Filme

No maravilhoso filme que assisti sobre a vida de Kardec, nesta semana, chamou-me a atenção um fato (ainda desconhecido para mim), sobre o professor de Lyon demitir-se da escola em que lecionava, apesar de ajudar as crianças. Lembrei-me da minha demissão, de uma escola que lecionei…

Apesar de ele ser a favor da pratica da caridade, não podia ser conivente com a limitação que a escola impunha aos alunos, com um clero rígido e regressista. Ele estaria corrompendo-se, em nome do bem e agredindo a si mesmo ao ser omisso com os alunos. Ali não era seu lugar. E a história futura mostrou que realmente não era.

Por isso, onde não houver fraternidade, igualdade e liberdade, não será o lugar pra ninguém que se ama. Pois, estará sendo conivente com o desrespeito e com a falta de amor próprio. Mesmo que seja para praticar a caridade, não é seu lugar. E isto não é egoísmo, é violência à liberdade de expressão, de cultura e de escolha!

Ame-se! E se te acusarem de ser obsedado; agradeça e responda como o médium Wanderley Oliveira ensina no vídeo de link abaixo: “se ele te assedia, é por que você tem algo de muito bom para oferecer. Parabéns!” E/ou ele está incomodado, com o bem que você pratica.

Pratique o Bem e a caridade com teus obsessores: – “Leve-os a crescer, com teu exemplo!”

Assista a aula de Wanderley Oliveira, sobre suicídio e obsessão:  -> Click no link

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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