Feliz dia das Mães
Faz parte dos atendimentos aos alunos com dificuldades escolares, a entrevista e orientação às mães.
Relato de um atendimento:
No decorrer de um atendimento a um aluno, com 9 anos de idade, que possuía muita dificuldade em alfabetizar-se e sofria com gagueira, sem qualquer diagnóstico médico que definisse suas dificuldades escolares. A criança foi se abrindo e contou que sua mãe o havia proibido contar um acidente doméstico. (não cabe aqui contar)
O menino fez o relato, chorando e implorando que eu não falasse nada para os pais dele. Ele, nunca havia contado a história para ninguém, e sentia-se responsável pelo acidente.
No entanto, à medida em que ele contava, a gagueira ia se tornando imperceptível.
Bingo! – Eu havia encontrado a causa do problema. – A cura está a caminho! – Pensei …
Mas, cometi um grave engano: – Trai a confiança do menino, chamando os pais para uma reunião, que na minha “ingenuidade”, iriam acolher o filho e ajuda-lo a libertar-se da culpa.
Triste ilusão! – A reunião durou poucos minutos, pois a mãe levantou-se enfurecida e saiu praguejando: – “Ele me paga”…
Ainda tentei contemporizar com o pai, para que acalmasse a mãe, pois aquela atitude, só faria o menino sentir-se ainda mais culpado. Mas, o pai saiu correndo atrás da mãe e não parecia me ouvir…
O aluno não compareceu mais na escola. E na semana seguinte, a diretora comunicou que a família iria muda-lo de escola. E eu nunca mais o vi.
Este é apenas um dos relatos, das muitas crianças com dificuldades escolares que atendi, cujos problemas tinham origem familiar.
Mãe é gente
Em muitas dificuldades escolares, a causa era o comportamento da mãe, sim. Da mãe em excesso, ou da mãe ausente, da mãe carente e da mãe gente!
Como diria meu amigo e médium Wanderley Oliveira*: … “Mãe é gente, imperfeita, cheia de falhas, repleta de equívocos e tretas emocionais . Isso deveria te dar alívio e não te envergonhar. Entendeu?”…
É por este motivo, que escrevo sobre este tema neste dia. Numa tentativa de desmitificar a imagem materna e não por rebeldia contra a comemoração de um dia, que tantos acham sagrado, apesar de ter sido criado pelo consumismo.
Minha intenção, é apenas, provocar uma reflexão sobre o que, realmente representa o dia das mães, para você e para mim mesma. Sem ufanismos, onde não cabe!
Gratidão sempre
Abençoada seja, minha querida mãezinha! Minha gratidão, a mãe da minha mãe e do meu pai. Amor as minhas bizas e a todas ancestrais. Meu louvor a Mãe Divina, e a todas as Marias. À mãe das águas, da terra, do fogo e do ar… Sem elas, não estaríamos aqui…
Parabéns a mim mesma! Pois, também, tive a benção de ser mãe. Mas, sou falível como todas as outras… Meu dia não é hoje e não foi ontem, meu dia é o do eterno aprendizado.
Feliz dia dos filhos, por que sem eles eu não teria a alegria de ser mãe. E pelo mesmo motivo, feliz dia dos maridos também…
Na convivência de cada dia, não espero reuniões forçadas, nem presente, nem afago. Espero sim, poder ser lembrada, pelo filho em dificuldade. Pois, é então que ele aprende como é bom ter alguém, que se pode confiar, confidenciar e desabafar…
E espero ser esquecida, quando tudo estiver bem. Pois, estarei tranquila em saber, que sem depender de mim, os filhos seguem os caminhos que escolheram percorrer. Com os passos que cabem, só e somente, a eles decidir.
Quero ter amizade eterna, com as mães e com os filhos, na grande dança das cadeiras, em que os papéis se invertem, e a que ontem era mãe, hoje se torna filha(o)…
Viva e deixe viver
Mais que tudo, quero viver livre e deixá-los viver na mais sagrada liberdade, que é a da própria escolha. Pois, ninguém escolhe da mesma forma, a mesma coisa e no mesmo tempo, diante da mesma situação. A escolha é o que garante nossa individualidade. É nossa digital Cósmica, com seu tom único no Universo. O nosso Bem Maior.
Feliz dia das mães, “Reais” …. e não ideais!
Deixe de sentir-se culpada, ou responsável, por sucessos ou fracassos dos filhos:
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