Pânico tem cura

Medo tem uma função positiva de autoproteção para gerar o “enfrentamento” diante da ameaça. Porém, quando prolongado, provoca ansiedade, apatia, cansaço, paralisação das iniciativas,  perda da vontade e pânico.

Isto ocorre, não só pelas emoções que acabam se descontrolando. Mas, também, por desequilíbrio hormonal que a ansiedade, causada pelo medo constante, provoca. Muita adrenalina e cortisol são gerados e acabam causando mais estresse e ansiedade. Assim, um círculo vicioso se forma.

O medo pode surgir por diversas causas.  Mas, a mais comum é o auto abandono; o abandono das próprias habilidades e desvalorização de si mesmo.

A função ecológica do abandono próprio, é voltar-se para sua criatividade, sua melhor expressão afetuosa, seus valores, seu auto cuidado, sua atenção consigo, seu orgulho e estima pessoal, etc. Medo é uma emoção motivadora para recuperar a conexão consigo e não se acovardar com desculpas, nem isolar-se.

Por vezes, cultivamos valores externos para nos preencher e cuidar. Mas, a dor do auto abandono, vem do descaso com os valores internos e atrofia das capacidades e habilidades pessoais.

As expressões emocionais, mais comuns de quem se abandonou, são a carência, o medo e a rejeição.

Recuperando a conexão consigo

A pessoa que se sente abandonada e sozinha, é a que se abandonou primeiro – Perdeu a conexão com a sua melhor versão. – Sente-se com medo e sente-se incapaz de enfrentar as novas situações que se apresentam.

O medo pode ter origem em traumas que nasceram de perdas. Nestes casos, a pessoa costuma reviver o medo, por temer novas perdas. Tenta controlar situações futuras para que não voltem a acontecer e prevenir-se.

Isso gera muita ansiedade, até chegar ao pânico. O Pânico é o estado agravado pela ansiedade, causada por um medo menor. No pânico, a pessoa já não pensa com muita coerência, pois está dominada por ele. Por esta razão, tem pensamentos desconexos de autodestruição, como os de acabar com a vida.

Em relação ao aspecto espiritual

  Além dos fatores emocionais do medo contínuo se tornar pânico pela ansiedade continuada, e também pelo ciclo vicioso que os hormônios liberados no organismo provocam, já explicados acima, existem ainda, ações espirituais negativas, que se aproveitam dos pequenos medos para ampliá-los e implantar ideias de auto extermínio em suas vítimas.

Procure apoio espiritual, que trará alivio à parte energética. Mas, lembre-se que a cura só virá do trabalho  psicológico e emocional e de transformação pessoal.

Soluções possíveis

Este trabalho de reconstrução íntima, não depende de fatores externos, locais, situações, ambientes, ou culpar o governo, pai, família, filhos ou marido – A pessoa pode ter tudo, mas estar longe de si mesma.

É uma longa jornada de auto enfrentamento, que deve ser iniciada mais cedo ou mais tarde. Medo, só se vence enfrentando os desafios íntimos. Só a fé no melhor de si, vence o medo. O auto amor é o oposto do medo. – Quem se valoriza, não dá valor maior para o externo. Se acha capaz de vencer o que a vida apresentar. Orgulha-se de si !

É um trabalho paciente de reconstruir-se, tijolinho por tijolinho, para resgatar o valor pessoal, multiplicar os próprios talentos e sua criatividade, para a aceitação pessoal se tornar realidade.

Ao se ver nessa nova versão, ninguém ou nenhuma situação terá força sobre nós.

Será fácil aceitar-se como se é, ao nos vermos capazes de contornar os obstáculos.

A função dos obstáculos e perdas da vida é  ampliar a capacidade criativa de auto superação:

Passo 1  – Aceitação (de si e da situação)

Passo 2 –  Fé em si (que conseguirá superar-se)

Passo 3 – Decisão (determinação = “Eu quero”)

Passo 4 – Trabalho disciplinado e paciente de reconstrução dos seus sonhos mais caros.

Dicas de como realizar o trabalho do Passo 4:

  1. Listar seus talentos e suas fragilidades
  2. Enfrentar e preparar-se (estudar) para diminuir as próprias fraquezas. (uma, por vez)
  3. Estabelecer UMA meta (entre todos os sonhos) com PRAZO coerente com a capacidade do momento.
  4. Fazer uma lista do que é possível realizar atualmente. – Iniciar pelas pequenas tarefas de auto aprimoramento e cuidados pessoais do dia-a-dia. – Por exemplo: alimentação, sono, caminhadas, estudos, conversa terapêutica, ouvir música, etc) com muita disciplina e determinação.
  5. Não adie seu pedido de ajuda – (Busque apoio psicológico e espiritual)

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Nota:

Este texto é dedicado à minha amiga, de Angola.

 

 

 

 

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