Raízes e Escolhas

 

       Raízes e Escolhas

O que serve para uns, não serve para outros…

O que é bom para uns, nem sempre é bom para outros…

Quem saberá dizer se o que se tem por princípio mais caro, importa para o outro?

Difícil avaliar! – Muitas vezes, não temos certeza nem do que queremos. Mas, temos a presunção da receita certa para o vizinho, para os filhos, para o marido ou para esposa…

Contradições sempre houveram. Mas, na atualidade, quando tantos pensamentos e pontos de vistas divergentes são tão facilmente transmitidos, acentua-se ainda mais a disputa acirrada pelo suposto “certo” de cada um e a dificuldade em decidir por um caminho mais suave ou feliz, para si.

Mestres renomados ensinam A, enquanto outros de igual gabarito enfatizam o valor de B. E, os pobres mortais que ouvem A e B tem que aprender a somar A + B e criar o SEU PRÓPRIO “C”. Ou seja, extrair o bom de A e de B e adaptar ao que SENTEM ser o melhor para SI.

Muitas vezes, não sabemos o que é o melhor para nós. – Seguir por ali ou por aqui? – Escolhas são difíceis. Sempre é preciso abrir mão de um lado para seguir pelo outro. E é difícil deixar e desapegar do que nos é bom e cômodo. Como é difícil ter coragem para assumir uma escolha…

      A Melhor Escolha é a DE Cada Um

Não é por que a maioria acha, o filósofo falou, o gênio afirmou, o guru intuiu, o que será melhor para você, para mim, ou para alguém. O melhor para cada um, é o melhor DE CADA UM. É único, exclusivo e ninguém tem que meter o bico, na escolha de ninguém.

E toda essa falação sobre escolhas, o que tem a ver com “raízes”?

-Tem a ver, que as raízes do “Lar doce Lar”, estão se extinguindo na atualidade!           – Em tempos de home-office, em que o convívio forçado acentuou as dificuldades de relacionamento de quem já as tinha, tornou o número de lares desfeitos ainda maior.

-Tem a ver como o convívio com os filhos, especialmente adolescentes, deixou de existir substituído pelas redes sociais, aumentando índice de suicídios. Tempos estranhos estes, em que amor virou I-Phone, abraço virou like, conversa se tornou WhatsApp…

Mas, será que foi somente pelo stress do momento atual ou pelo assédio traiçoeiro da mídia, que o distanciamento ocorreu entre as pessoas? – Penso que não são estes os principais motivos. Acredito que a causa principal, seja a mudança de valores que vem sendo infiltrada por um liberalismo contraditório e sem limites, e uma propaganda emocional, apelativa, tão facilmente impostos.

Lar a Nossa Raiz

Perdemos a referência do que é bom para nós ou para a sociedade, por termos excesso de referências que não nos servem de nada. – Temos dado muito valor e atenção às tantas referências que estão fora de nós, que perdemos o hábito de ouvir a nossa consciência. De tanto ouvir o ruído externo, esquecemos de ouvir o Silencio Sábio interior, que nos guia.

Valorizar aquilo que sentimos ser o melhor para nós, é ter fé! Fé em estarmos assumindo nossas próprias experiências e corajosamente aprendendo com elas, o caminho de volta para NOSSA casa! – Ao contrário de experienciar indicações de outros perdidos como nós, que tem a presunção de nos dizer o melhor caminho a seguir. – Para chegar onde? Na casa deles?

Raízes são bases onde ancoramos. Assim como o Lar, é a pista base onde aterrissamos, nos abastecemos e prosseguimos alçando voo, aprendendo sempre. São as pessoas que escolhemos, para aprender e nos transformar juntos.

E, nem é preciso dizer que não haverá aeronave que decole de uma pista descuidada. Nem tão pouco, uma edificação fica em pé, sem alicerces ou boa fundação. Tudo na natureza se enraíza para crescer e dar o fruto da sua colaboração ao planeta.

As águas só fluirão e nutrirão o solo se contidas em um leito livre, bem planejado e cuidado. Os ventos e as tempestades, não carregam árvore bem enraizada.

     O que torna nossas Raízes Sólidas?

Afinal, o que torna nossas raízes sólidas? – É a nossa gratidão e reconhecimento por todos que passaram pelas nossas vidas. – Mas, todos; tanto aqueles com quem aprendemos doces ou amargas lições. – Mas, que todos sejam incluídos em nossa gratidão pela experiência de aprendizagem, da qual fizemos parte não casualmente.

No entanto, conviver ou não com eles, é escolha única, exclusiva e insubstituível de cada um. Acredite nas suas escolhas! Silencie! Sinta-as… Na hora da escolha, leve em consideração a necessidade que temos de nos enraizar, apendendo a conviver bem com todos.

Cuidemos bem e valorizemos nossos esforços para manter nossas escolhas sempre bem cuidadas. E também, mude de ideia quando achar que deve.

Ninguém acerta sempre! Tentamos, mas ninguém pode evitar contratempos, acidentes ou enganos… Porém, estar pronto para errar e acolher a ignorância humana, da qual faço parte, torna tudo mais leve.

Honrar as próprias escolhas é lutar pelo que se acredita, a fim de nos aproximar de quem realmente somos. Esta aproximação e reconhecimento de nossa raiz, nos fortalece e ancora para sustentarmos escolhas mais arrojadas e comprometidas com o bem de todos.

     Não será com Passividade ou Acomodação

Passividade não é apaziguamento, é comodismo. Como ignorantes inconformados e rebeldes que somos é que mudaremos nossa condição e com isso, transformaremos o mundo ao nosso redor.

Sejamos felizes com NOSSAS escolhas silenciosas, sem abrir mão delas, honrando e respeitando nossas raízes que nos trouxeram até aqui!´

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