Apego

A oração de São Francisco, fala sobre mudar o que pode ser mudado e aceitar o que não se pode.

Mas, como distinguir o que se pode mudar, daquilo que não se pode?

Para as duas questões, a mesma resposta; – “Olhe para dentro de Si!”

Somente aquilo que conhecemos, poderemos mudar!

E, o que está mais perto de se conhecer, somos nós mesmos.

Por isto, conhece a ti mesmo! Já dizia o oráculo…

Olhar para o próprio “SENTIR”, para mudar o modo deste “SENTIR” as dificuldades ou as pessoas.

É desta mudança no modo de “SENTIR”, que nasce a aceitação. O primeiro passo para o amor incondicional.

Esta é a sabedoria que necessitamos

Aquilo que não mudamos em nós, é o que ainda não conseguimos ver ou teimamos em não ver, devido ao apego a alguma coisa EM NÓS mesmos.

As outras pessoas só mudarão quando acharem que devem mudar. Não temos como mudar o outro, nem é tarefa nossa. Já temos bastante trabalho para melhorar a nós próprios.

E, aquilo que for mais difícil de aceitar no outro, é a ferramenta sábia que nos mostra o que temos que corrigir em nós.

Quando descobrimos o porquê daquela pessoa nos incomodar tanto, percebemos que é devido a algum apego nosso. Pode ser apego a um bem que nos tiraram, apego a uma pessoa que nos traiu ou nos abandonou, apego a algo perdido, ao status, aos bens, a saúde, a própria imagem que fazia de si, ao emprego, ao nosso comodismo, etc.

Não existem certezas. Existem apegos e teimosia

Culpamos as situações e o outro, pelos nossos infortúnios. Reclamamos do serviço mal feito ou daquilo que não concordamos, e nos queixamos das dores. Mas, no fundo, o que nos faz sofrer,  é sempre uma reação contrária às ideias que estamos apegados. Pois, teimamos achar serem a certa.

Se nos roubam a bicicleta nova, é o nosso apego a ela, ou à ideia de que pagar as parcelas vai ser muito difícil, que nos fazem sofrer. Pode ser apego à necessidade de manter o status entre os colegas por ter a melhor bike, e para cada pessoa seu apego individual. Sofremos conforme o grau de intensidade que damos ao nosso apego.

Portanto, qualquer que seja a dificuldade que estejamos atravessando, teremos sempre que desapegar de algo para nos transformar. Somente mudar a nós é possível!

A medida em que vamos nos desapegando de cada um dos nossos múltiplos apegos, quer seja: dos vícios, hábitos, comodidades, preguiça, ideais, crenças ou pontos de vista, vamos aceitando melhor ao entorno, convivemos melhor, as dificuldades ficam mais leves e sofremos menos.

Compreensão e Amor Incondicional

Automaticamente, a medida em que nos desapegamos, vamos sentindo a dificuldade e a dor deste desapegar-se de algo que gostamos ou acalentamos ilusoriamente, no coração. É neste momento desta tomada de consciência, que nasce nossa compreensão para com o outro.

Ao “SENTIR” a dificuldade em mudar alguma das nossas supostas verdades, é que passamos a avaliar o grau de dificuldade que o outro também tem. É neste momento, que nasce a compreensão da dificuldade que é para o outro compreender e transformar-se, também

Assim é, que do nosso desapego nasce a aceitação, a resignação, a compreensão e a paciência com o outro. É, neste constante exercício de desapegar-se de Si e das próprias certezas, que passamos a aceitar o externo, até que surja o amor incondicional.

Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado”,  em mim!

-# – # – # – # – # – # – # –

Prática da Vela

Segure uma vela acesa na frente dos seus olhos. Olhe fixamente para a chama, tente não piscar e repita:

“Eu vejo a Luz! – Eu sou parte da Luz! – A Luz Divina me envolve, dá forças e protege! – Eu sou a manifestação da Luz Divina e deixo o outro Ser! Eu e a Luz Divina somos Um!  Eu Sou conectado à Presença da Luz, que habita em todos nós!”

-# – # – # – # – # – # – # – repita todos os dias -# – # – # – # – # – # – # –

Amar-se é desapegar-se das próprias certezas e não se envolver com o sofrimento. A humildade reconhece que ninguém carrega a verdade. Cada um, só leva o que aprendeu ou sua interpretação de alguma coisa.

Para ser a Luz manifesta, deixo ir meus apegos e minhas relativas verdades. Afinal, quem saberá a verdade das coisas, se foi tudo aprendido dos próprios homens e da sua cultura imperfeita.

Conectar-se com a própria Luz, irá nos guiar pelas experiências necessárias da vida de cada um, para os resgates e para as alegrias, testes, contribuições e aprendizagens a que nos propomos, afim de reconhecer e transformar em Nós, aquilo que deve ser transformado.

Boa prática!

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *