O que é estar no incompreendido Presente do Aqui e Agora?
Cap l. Saindo da Matrix
Já reparou que até as imagens, do pensar “fora da caixinha”, são representadas por uma lâmpada?
Sim, a l.uz do despertar da nossa consciência. A “iluminação”, tão cobiçada pelos budistas e iogues de todas as eras.
Mas, que caixinha é esta? – Que matrix (matriz) é essa?
-É a matriz ou o molde em que fomos formatados, dobrados, amassados, enquadrados, para caber dentro da forma da caixa. É a cultura, que a sociedade nos impôs como regra de conduta e que se tornou hábito, ao longo dos séculos.
No entanto, não é tão fácil sair da caixa. Existem ameaças, medos e perigos aprendidos.
Fomos ensinados que prazer é pecado, que aquilo é errado, que não fica bem, o que vão pensar de mim se…
A pressão social age como se fosse um carrasco. Nos persegue dizendo que isto pode e aquilo não…
Nossa autoestima, autonomia, segurança e confiança na Vida Presente , são pouco a pouco destruídas.
Ideias de rejeição, exclusão, solidão, abandono, violência, perseguição, são colocadas dentro da caixinha apertada em que fomos nos “en-fiando” (“em-fios”, nos tecendo)…
É preciso ter uma boa dose de coragem e autoestima, para sair da “falsa” zona de conforto que a “caixinha” representa. Desapego para deixar ir o velho e fé para acreditar que é possível ir além…
Mas, coragem tem que ser aprendida. É treino e questão de estratégia. Muito estudo, para poder avaliar riscos e possibilidades.
Cap 2. Iluminando-se
De nada adiantará nos jogar para fora da caixa, se continuarmos a carregar o lixo emocional, incrustado no inconsciente. Ele gruda e se expressa em nossas atitudes e modos de pensar, sentir e agir, nos ligando à matrix.
Insatisfeitos com a opressão que a caixa exerce, nos rebelamos com medidas externas de mudança. Alguns revoltam-se, outros viram góticos, veganos, fundamentalistas. Há ainda, os que fogem de casa, pedem demissão, ou divorciam. Mas, continuam presos, com a “caixa” na cabeça, que os cega.
Para alguém “iluminar-se”, precisa ter grande conhecimento da própria realidade interior. Pois, só nos vemos com a lâmpada sobre a cabeça. E para tê-la Presente, só com alta dose de humildade para assumir e esforço para transformar, a própria sombra.
A coragem de se ver na realidade nua e crua, vem da humildade. É ela, que possibilita sair da ilusão da imagem, que representamos na prisão da caixa, para andarmos na realidade do Presente que construímos.
Cap 3. Um trabalho longo e árduo, que pode levar vidas sucessivas, para ser alcançado!
É, dá trabalho sair da bolha do pequeno aquário, para se lançar no oceano vasto e desconhecido, repleto de bem- aventuranças.
No entanto, é um trabalho que compensa! Requer estudo, disciplina para aprender a nadar. Treino diário para se proteger dos predadores, ganhar condicionamento físico, saber ler os mapas (para se localizar e não se perder), ser seu próprio guia, buscar sua comida, confiar em si, e muito mais.
Porém, mais importante do que estudar as ciências, religiões, estratégias de defesa e ataques de guerra, é estudar a SI mesmo!
Essencial conhecer os próprios limites, para não estabelecer metas maiores do que se possa alcançar. Nem se deixar enganar, pelo canto sedutor das sereias.
À medida que trazemos luz às sombras[1], perdoando o passado, aceitando-as e acolhendo-as, vamos adentrando ao oceano imensurável, da NOSSA REALIDADE INTERIOR.
Cap 4. Renascendo das cinzas da inconsciência.
Como a Fênix a cada dia de busca, renascemos das cinzas da inconsciência, para a expansão da Luz que traz a consciência, ao mínimo detalhe do sentir, até nas menores experiências.
Saímos da ilusão da caixa, para entrar no oceano das possibilidades de Paz e Luz próprias. A insatisfação, angústia, ansiedade, medo e outros tormentos, mesmo sem causas concretas, desaparecem, à medida que enxergamos a verdadeira causa interior, de estar sentindo estes estados emocionais. Iluminando, transformamos!
Cap 5 – Estar “Presente”, é estar consciente do trabalho incessante de se ver.
Buscar em si, aquilo que pode ser melhorado e transformado, sem a preocupação de ter a aprovação da caixa. Sair totalmente da matrix, ou estar “Presente” permanentemente, sem a hipnose do mundo, é experiência para muitas vidas.
Experimentar e re-experimentar reações e modos de agir e sentir, nas diferentes situações, que a “Mestra Vida” apresenta, são necessidades básicas para conhecer os próprios limites, ou capacidades para atingir qualquer meta. E, seja ela qual for, tem a finalidade de ensinar o que estamos sentindo.
Cap 6. Desapegar-se da crença que nos faz sofrer, é confiar no bem que se sente
Qualquer experiência vivida, só existe no Presente, para observarmos o que sentimos!
A experiência da vida será inútil, se não observarmos o que estamos sentindo, a cada instante. É o modo de evoluir no nosso planeta, para descobrir o amor.
Toda experiência, tem a função de nos fazer ver, o que é para nós e nos faz bem, ou não. É assumindo, acolhendo e tentando transformar cada emoção, que a experiência será útil.
Desapegar-se da crença que nos faz sofrer é confiar no bem que se sente. É um caminho mais seguro para boas escolhas.
Cap 7. A “Divina Presença” é um Estado de Ser
Estar “Presente” é fazer este percurso sucessivo, pela Escola da Vida. Observando e degustando a própria transformação[2] das sombras, sem pressa, sem culpa e saindo do automático.
Um caminho, para alcançar o estado de Presença, é ir abandonando as distorções herdadas dos velhos padrões da caixa. Deixando vícios e hábitos adquiridos, quando distraídos de nós, aprendemos a “seguir o sentimento do nosso Bem” .
A “Divina Presença” é um estado de ser, diretamente proporcional a iluminação de cada cantinho do nosso porão.
Quanto mais luz de entendimento trouxermos, a cada pedacinho do nosso “sentir”, mais presentes nos tornamos. Até que sejamos UM SÓ com a LUZ.
Cap 8. Quando foi que me perdi da minha “Presença”?
Nos afastamos da Verdade Real da Presença, quando nos apegamos à fantasia de algo imaginário ou aprendido, acreditando ser a verdade absoluta, na teimosia das nossas falsas certezas.
Nos distanciamos da possibilidade de estar “Despertos e Presentes”, devido à nossa arrogância de pensar que sabemos mais sobre o que precisamos, do que a “Luz do Presente da Vida“. A Vida traz o que precisamos aprender! Ela nos ensina a reconhecer e deixar de sentir, aquilo que não nos faz bem, sem que haja necessidade de uma busca desenfreada, por caminhos que tragam respostas, em experiências desnecessárias e que não são nossas.
Ficamos longe do Presente, quando deixamos de confiar na sabedoria da Vida. E, por teimosia, não aceitamos que seja feita a “Vossa Vontade”, nas experiências de transformação dos sentimentos, passando a controlar as experiências que teremos que passar.
A Vida traz a melhor experiência para aprimorar os sentimentos, de acordo com a necessidade de cada um. Porém, nos apegamos ao que nos faz mal, por teimosia, comodismo, vaidade, etc…
E, foi assim que nos perdemos de nosso sentimento puro, que é nossa estrela guia. Saímos da casa do Pai, nos separando da Divina Presença, para buscar fora, as respostas que dão sentido à própria vida. Foi deixando de confiar na “Presença”, para levar Luz ao Sentir e dar direção ao caminho, que ficamos sem norte.
Buscando situações de aparência, aprendidas na caixinha, nos distraímos do objetivo maior de observar a nós mesmos. Mas, é somente na observação do sentimento, que cada experiência desperta em nós, que voltaremos para a casa da ‘Divina Presença”! De um modo simples e leve, que só a vida traz de Presente.
Cap 9. Aprendendo a seguir o “Bem em Sí”
A inveja de querer estar em outro lugar, que não se conseguiu ainda. A inveja de ser, como alguém que gostaria, mas, ainda não é. A inveja de se projetar em uma fantasia, desejando-a para o futuro, nos tira da realidade do Presente, mesmo que seja uma transformação para o bem.
E, só temos o Presente para planejar e construir o futuro! Por isso, temos que estar “Bem, no Presente!”
Estar “Bem, no Presente”, significa ser grato pela experiência que a Vida traz. E ter certeza de que devemos manter maior atenção, justamente, sobre o sentimento despertado em cada vivencia.
Ser grato é aceitar-se como se é, sem necessidade de representar, e entregar-se a situação “Presente”, mesmo que se queira mudá-la.
Aceitando a Si, com amorosidade e acreditando na sabedoria da Vida interior, a caminhada fica mais leve e nos aproximamos da Presença. Deixamos o peso, de tentar controlar as experiências.
Somente transformando os sentimentos, que cada experiência desperta em nós, de modo simples e leve, é que voltaremos para a casa da “Divina Presença”.
“Aceitação é a chave!”
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[1] Sombra – são todos os processos emocionais que não gostamos, arrependimentos, dores, abandono, mágoas, aquilo que chamamos de passado, tendências de auto boicote, etc. Como são situações dolorosas, não queremos vê-las. Enterramos como “sombras” no porão do inconsciente e sempre culpamos algo ou pessoa fora de nós, pela existência delas. Mas, a dor é nossa, é a sombra que precisa ser abraçada, aceita e transformada pela Luz da Presença. – Para trazer Luz à sombra é necessário vê-la e aceita-la.
[2]Observar a própria transformação é o ‘Vigiar”, citado pelo apóstolo Paulo. É estar “Presente”