A razão deste texto é relacionar caridade e auto amor. E, uma nobre expressão do auto amor é a caridade de doar a vida para uma vida.
E o filho não precisa ser da sua barriga. Podem ser os filhos do mundo que chegam ao coração de uma professora, de uma médica, de um pai, de um amigo, ou de qualquer ser amoroso.
Atualmente, muitas mulheres têm medo de assumir um filho em meio às dificuldades da vida. Outras receiam o impedimento de manter as atividades que realizam. Há também, as mães em conflito por não saberem onde deixar seus bebes, às vezes doentes, pois precisam trabalhar, mas gostariam de dar maior atenção aos seus filhos.
Já sabemos que quanto menor é a idade das crianças, maior a necessidade de cuidados. Realmente, é um período da vida que exige entrega e dedicação, por parte das mães. Por isso, planejar a vinda dos filhos é ter a consciência do “ato sagrado que é ser mãe”.
Carreira X Maternidade ou Realização?
Se a mãe tiver esta compreensão, a entrega de seu tempo e cuidados, deixarão de ser sacrifício e se tornarão o mais puro prazer. Mesmo que tenha que adiar algum outro querer de alma.
Mas, se um bebê chegar inesperadamente, aceite-o! – Transforme este momento de sua vida, no maior querer da sua alma. Mesmo que ele não esteja nos seus planos, acolha o momento como sagrado.
Vinde a mim as criancinhas, Ele disse! – Doar seu tempo e dividir sua vida com um novo ser é vontade de alma. Mesmo que você não saiba, pois é o querer do Criador! Se não fosse o momento certo, o bebê não viria.
Por isso, não espere estar pronto(a) para aceitar o inesperado. Ele virá no tempo dele e não temos como controla-lo! Esteja pronto(a) e com amor para o incerto!
A caridade de compartilhar a vida, de gerar a vida e doar-se pela vida, é o ato sublime da perpetuação da própria vida:- É viver! -É realização!
No entanto, o fato de ser mãe, não justifica abandonar-se pelo outro. – Estar sempre disponível não é produtivo!
Frustração X Autonomia
Quando a criança já é capaz de executar algumas tarefas, sem a presença intensiva da mãe, ela deve ser educada a assumir a responsabilidade do que já é capaz! É a educação para a autonomia.
Muitos pais preferem fazer por seus filhos, em nome de um suposto amor. Mas, na verdade estão manipulando os filhos para mantê-los dependentes, fracos e sem iniciativa, a fim de suprir-lhes a solidão.
A perda do “olhar da mãe em tempo integral” provoca na criança uma busca para representar simbolicamente os seus próprios desejos, por meio da escrita, das artes e dos saberes. Aprende a lidar com a frustração da ausência da mãe, e também com as perdas, as contrariedades, a conhecer melhor seus próprios desejos, e a ter escolhas mais responsáveis.
Por isso, mamães, não se culpem por deixar seus bebes e voltar ao trabalho. Se eles estiverem em segurança e bem cuidados, esta ausência será benéfica ao crescimento pessoal da criança, pois desde cedo passará a buscar meios de preencher suas necessidades com independência e criatividade.
Se você quiser saber mais, sobre a importância da frustração no desenvolvimento infantil, acesse: “Criança sabe o que quer, sim!”
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Auto abandono gerando abandono
Por outro lado, o abandono de crianças, que é comum à todas as classes sociais, tem se tornado alarmantemente comum nos dias de hoje. Em nome do liberalismo, as mulheres debandaram para o outro extremo irresponsável, esquecendo-se do ato sagrado de ser mãe. Mas, esta é uma outra triste história, a da criação de revoltados e incapazes … Neste post, falamos da “caridade de ser mãe” !
Caridade de mãe é a expressão do auto amor!
Ame-se!