Nunca estamos sós!
Quando oro com fé, quietinha e sozinha em meu cantinho, agradecendo com o coração alegre, de repente sinto-me reunida em 2 ou mais. Reunida em nome do Divino que a tudo governa. Lá quentinha, na “câmara secreta do coração” é que nos reunimos com nossos amparadores e amigos espirituais.
Existem muitos modos de “re-unir-se”; desde pequenos grupos em locais secretos, até em grandes templos com milhares de pessoas. Mas, a finalidade de uma “re-união”, seja ela de qualquer “re-ligião”, será sempre a de “re-ligar”, de “voltar a ligar-se” com a Luz em nós. E para isso, não é preciso frequentar templos, centro-espíritas ou grupos esquizotéricos.
Nossa busca de sentido e respostas, faz parte das reflexões de todas as pessoas, em algum momento de suas vidas. Mas, como a vida é sabia, ela nos coloca a todos reunidos em lares, em Seu nome.
É no lar que se “re-unem” pessoas por compromissos assumidos no plano espiritual, para “re-ajuste”, aprendizagem, cooperação e construção de amizades, que nos levem a disciplinar nossos sentimentos. Ele cuida de instruir as vidas “re-unidas” em Seu nome!
Porém, o ideal é que estivéssemos unidos como parceiros de ideais evolutivos comuns, comprometidos uns com os outros, em Seu nome. Mas, esta situação ainda é rara, no atual estágio evolutivo dos habitantes deste planeta, pois ainda necessitamos aprender com as diferenças.
Nos grupos sempre há os que instruem e os que são instruídos, os que cooperam e os que se acomodam, os que unem e os que desagregam… É no contínuo exercício de me ver no grupo, que me descubro e compreendo o porquê do outro ainda me irritar, avalio até onde é o meu limite de ação e de cooperação. Ou onde está minha acomodação, dependência ou submissão nas relações.
Atraímos as pessoas certas de que necessitamos para evoluir. Aquelas que, em geral, nos espelham as imperfeições que temos urgência em corrigir em nós próprios. E não é por acaso que nascemos com nossos familiares.
A força de um grupo estará na união, sempre. Mas, em qualquer grupo, nem todos parecem colaborar para que isto aconteça. Há muita divergência de ideias e o personalismo (ego) parece querer prevalecer. E, outras vezes, o grupo já não acrescenta nada, está fechado ao entendimento e se resolve partir.
O fato de a união ser a força, não significa que isto seja um aprisionamento ou que se tenha que permanecer eternamente em um grupo. Mas, que se tente todas as possibilidades de entendimento e autoavaliação em conversas fraternas e sinceras, sem julgamentos, antes de um abandono.
Se, esgotadas as tentativas de cooperação, ainda reveja mais uma vez. Só depois, decida-se se deve partir ou ficar, mas tente sete vezes sete perdoar, compreender, a ter que excluir alguém.
Para que o Mestre esteja presente em um grupo e nos leve a re-unir com Ele, precisamos aprender a nos unir com a Sua Presença em cada um dos que convivem conosco. Aprendendo a relevar as sombras e observar a Luz, em nós e no próximo.
Fortalecer um grupo é tornar forte o elo de ligação da Luz em cada um, o que nos une a Ele. Ao contrário, enfraquecer um grupo é apontar erros e sombras que rebaixam e nos afastam d’Ele.
A força de um grupo está no respeito a liberdade do outro ser como é. E isto só é possível quando temos a humildade para aceitar as nossas próprias sombras, que geram a aceitação natural do outro.
Tolerância é a difícil conquista para todos nós! Disciplina dos sentimentos é a outra tarefa árdua a realizar! Para que um dia aprendamos a amar como Ele nos ama.
Talvez neste dia, estaremos todos “re-unidos” em Seu nome, mesmo que distantes fisicamente, pois Ele está e sempre estará presente! Neste dia haverá Paz!
“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus, 18:20)
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