“Qualquer semelhança é mera coincidência”
A intenção deste post é alertar sobre alguns fatos perniciosos que ocorrem nos bastidores das reuniões mediúnicas, quer sejam das casas espíritas, esquisotéricos, de umbanda ou das reuniões secretas do Mosteiro de São Bento*.
Espero conseguir mostrar um tipo de comunicação, que é comum a todas as linhas espiritualistas que tive o prazer de estudar e frequentar, por mais de 40 anos: – “a faculdade mediúnica da fofoca”!
O que percebi é que qualquer um que escolha ficar do lado da fofoca (de vivo ou de morto) se acha superior. Ninguém tem nada a ver com a vida alheia ou com seu modo de agir e pensar de alguém, para desrespeita-lo.
No entanto, muitos se acham no direito de se intrometer na vida alheia. E, covardemente, sem terem a coragem de lhe perguntar sua versão da história, o julgam e sentenciam, com a pretensiosa superioridade que o destrói pelas costas.
Há também, os que preferem denegrir a imagem alheia, com a falsa caridade, dizendo: – Mas, eu só estou querendo ajudar! – Alertar para o seu próprio bem! – Você não aceita ajuda? … Isto significa, que do alto do palanque de sua superioridade, ele se acha mais capaz e superior para ensina-lo!
Alguém já viu elogio sincero em uma casa espiritualista?
– Elogios, mesmo que sinceros, são proibidos! – Não se pode elogiar, pois estimula-se a vaidade! Os médiuns envaidecidos tornam-se vítimas do animismo! Então, é melhor coloca-los no seu devido lugar, de “luzinhas” semi-apagadas, para ensinar-lhes humildade!
Os “Mestres” de plantão estão sempre prontos a auxiliar e combater os excessos dos trabalhadores “inferiores” e “novatos”, baseados em comunicações preconceituosas de espíritos, que na maioria das vezes só querem prejudicar, gerar discórdia e cisões nos grupos.
“Toda pessoa que não está comigo, contra mim está, e aquele que comigo não ajunta, espalha. A maneira de agir de Satanás” Lucas 11:23
Quando um espírito se manifesta para gerar constrangimento ou desunião, ele é “anjo ou demônio”? – Será que alguém lembra da história de Maria Madalena? – “Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”… (Jó,8, 1-11)
Espíritos bondosos e que colaboram, “ajuntam” e evitam constrangimentos! Em qual você acredita?
Se espíritos menos esclarecidos, como nós próprios, expõem maldades sobre a vida dos trabalhadores, ninguém saberá se é verdade ou não. Por que propagar e dar forças ao obsessor? – Por que dar forças a separa-ação e des-união?
Se existe vontade sincera de ajudar, “a-juntar” e aproximar o grupo, chame a pessoa em particular e explique a situação com carinho e imparcialidade. Depois disso, deixe a pessoa mudar o que lhe cabe transformar em si mesma e isto cabe somente a ela. E que a questão se encerre neste momento.
Mas, a maioria ainda tem medo dos supostos ataques energéticos e não percebem que a única função deles é separar trabalhadores, jogando uns contra os outros, gerando descrédito e inimizade!
Elogios e diálogos andam escassos por que igualam as pessoas!
Atualmente, ninguém quer igualar-se ao outro. Parece haver uma necessidade generalizada (nestes ambientes) de diminuir o outro para enaltecer-se, competir pelos seus interesses, cargos, posições, percepções, para suprir as próprias carências ou pelo medo dos assediadores.
Ter uma conversa fraterna, iniciando com um elogio, gerando simpatia e fortalecendo amizades, ninguém se arrisca. – A competição parece não deixar: – O “eu tenho que ter mais, que ser mais, que ser melhor”, ainda predomina…
Gostaria de ouvir uma conversa amistosa com aqueles que se dizem “irmãos de senda”, partindo de um pequeno elogio autêntico. Por exemplo:
-Que bonito seu jaleco! – Ficou tão bem em você! – É tão delicado. – Onde você comprou? – O meu rasgou, você se importa se eu comprar um igual ou parecido com o seu? … -Eu queria te contar algo delicado, que uma entidade falou na sessão de desobsessão, a seu respeito. Espero que não fique aborrecida, ninguém sabe se é verdade. – É só um alerta para evitarmos links com este tipo de situação….
Bastaria um elogio para gerar proximidade, empatia e estreitar laços de amizade, além de provocar um diálogo e esclarecer muitas situações duvidosas!
Mas, logo em seguida, chega a mui amiga e vem dizendo: – “Oi, querida! Este seu avental bordadinho parece o da minha avó! -Ficou tão bem em você… Mas, de que baú você o tirou?”
Muitas pessoas parecem sentir prazer em usar o sarcasmo, ironias ou deboches para diminuir o próximo e sentir-se superior. Não são capazes de ver ninguém alegre, que logo chegam com sua inveja e falsa disposição em co-laborar (trabalhar com).
Usam da mediunidade para fazer a “leitura” do colega, como se olhassem pelo buraco de uma fechadura, para bisbilhotar a vida alheia, ao invés de utiliza-la como ferramenta evolutiva ao olhar para SI, perguntando-se: -por que isso me irrita?
Se você também já detectou ou é vítima deste tipo de fofoca, em nome da suposta “causa”, saiba que a primeira causa é VOCÊ! O teu próximo mais próximo para amar é VOCÊ!!!
… “Alguém julgou sua vida e te desmereceu acreditando em mentiras contadas pelos outros? Pense duas vezes se essa pessoa ainda merece a confiança e proximidade que você compartilha com ela.
Pessoas que merecem confiança e proximidade, mesmo que não concordem com você, antes de qualquer atitude precipitada de julgamento e cobrança “querem ouvir de você” o que a maldade alheia espalha a seu respeito.
Quando alguém prefere o julgamento e o descrédito é por que está difícil para essa pessoa acreditar em você. Se ela prefere o veneno dos outros, apenas está dizendo a você quem realmente ela é” …
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* Mosteiro de São Bento – Largo São Bento