Complexo de Édipo e Obsessão: 10 dicas para superar a carência afetiva

Não! A culpa não é da mãe… Nem de ninguém!

O medo da rejeição é anterior ao momento do nascimento. O espírito que passou anos elaborando seu plano existencial tem receio de ser rejeitado pelos pais, devido aos imprevistos que atravessam a existência humana.  Este receio estende-se pela primeira infância, acarretando um padrão de comportamento em todos os seres humanos. O de querer “sempre agradar o outro para não ser rejeitado ou perde-lo” .

Este pensar se torna um mantra inconsciente, para sermos aceitos!

A “vontade própria” e o exercício da “livre-escolha” desaparecem, dando lugar a contrariedade e insatisfação, pelo medo da rejeição.

É neste instante que muitos dizem:-“EU ME PERDI DE MIM”… Não sou eu que escolho, mas o medo de não ser aceito escolhe por mim.

Freud explica que o “complexo de Édipo” (para os meninos) ou de “Electra” (para as meninas) é o amor de qualquer criança pelo responsável do sexo oposto ao seu. E esta experiência afetiva de agradar para ser aceito e sentir-se pertencente ao grupo, reflete-se no comportamento até a idade adulta, caso a pessoa não seja orientada a seguir de outro modo mais saudável.

Nos relacionamentos adultos, o modo de agir continua. Agradar o companheiro(a) e fazer todas as suas vontades, repetindo a submissão que havia com os pais e vivendo aterrorizado(a) com a possibilidade de ser enganado(a), trocado(a) ou abandonado(a).

O motivo deste medo é velho conhecido dos espíritos obsessores.  Estas entidades exploram os medos projetando ideias de traição, abandono e solidão.  Além de inúmeras formas de coação, que só aumentam o medo. Induzem as pessoas a realizar trabalhos desnecessários e cansativos para “agradar” o cônjuge para ele não ir embora.  Ou sugestionam para “ajudar” ao próximo,  a fim de sentir-se pertencente ao grupo Cristão, ou dar o “Dízimo” para fazer parte da congregação batista, ou uma “cheirada” para provar que é forte como os colegas da escola.   Distraem você para afasta-lo do seu propósito existencial e você ainda pensa que está fazendo caridade, ajudando no bazar beneficente.

Isto não quer dizer que não devemos cooperar com o nosso entorno. A ameaça acontece quando o que realizamos tem uma intenção oculta de suprir alguma carência.

A sintonia para que este tipo de obsessão aconteça, vem do hábito de “agradar para não perder”. Desta forma, fica fácil para os obsessores “ampliarem o que já existe”… Só colocam o dedo na ferida da carência afetiva e você sai fazendo tudo o que eles sugerem.

Qual o interesse deles agirem assim?

Nas cenas de ciúmes, irritação ou brigas, as energias mais densas são exaladas pelo nosso chacra básico e assediadores se deliciam com o alimento que nós fornecemos. E esta é a principal razão de gostarem de provocar discórdias: “jantar grátis”.

Ainda hoje percebo o quanto é difícil se desvencilhar destes obsessores que se acham como donos de nós. Mesmo quando nos determinamos a não mais obedece-los e frequentamos trabalhos de desobsessão sérios, em que eles são descobertos e desmascarados, tratam-nos como um traficante de drogas que quer se regenerar e sair do tráfico, mas é perseguido pela gang que pretende que ele continue a servir aos chefões da máfia.

Com a observação das minhas carências, fui me tornando mais independente da opinião alheia e elaborei 10 dicas para viajarmos juntos, mas com autonomia nas escolhas:

1-“Melhor conviver com a verdade interna, sozinho. Do que viver a mentira, acompanhado.“

Se tivermos a coragem de caminhar sozinhos, cresceremos e amadureceremos muito. E isto não que dizer para vivermos sós ou isolados. Significa ter a coragem de fazer as próprias escolhas sem medo de ofender, de ser rejeitado ou ser dissonante do grupo. É viver com maturidade afetiva. E como diz o ditado:- “Antes só do que mal acompanhado”. Melhor fortalecer-se nos embates, do que permanecer estagnado na fraqueza da submissão e amargando um faz de contas. Enquanto duas almas não se cruzam na mesma escolha, eu vou só. (Marido não precisa almoçar na casa da sogra de domingo!!!). Cada um na própria busca! E quando se cruzarem na mesma escolha, comemorem juntos!

Amor, não é escolher o que você não quer para agradar o outro. Isto se chama imaturidade e carência.

2- Renúncia não é necessariamente amor. Cooperação não é subserviência.

Renunciar a sua escolha para agradar ao outro pode ser carência e não amor.

Cooperar, colaborar e ser generoso, em uma ação conjunta para manutenção do nosso grupo social é nossa obrigação. É responsabilidade com o progresso da vida.

No entanto, podemos ceder até o ponto em que não invadam a nossa integridade e nossos planos de vida. É a velha história da questão dos direitos do outro irem até onde começam os meus.

Doar-se e entregar-se à vontade do ser amado, anulando seu Deus-Vontade interior é presunção. Quem não dá conta nem de si, pode carregar o outro?

Viver sem comprometimento consigo, é ser parasita da vontade alheia.

3- “Desenvolvimento das faculdades parapsíquicas (mediunidade) é essencial para a autodescoberta.”

Pois nenhuma terapia que frequentei, mesmo com “psicólogos-médiuns”, me ajudaram a descobrir a causa dos meus medos. Nem sempre toda a sombra é nossa. Ela pode ser ampliada por agentes invisíveis.

4- Dizer “NÃO” é essencial!­

Para o auto-amor e para poder viver a sua verdade e autenticidade.

É a verdadeira HUMILDADE de dar conta de si, em primeiro lugar!

Nossa carência nos faz dizer “sim,sim,sim” quando o desejo é dizer NÃO! Este comportamento passivo vai desativando nossa capacidade de responder às contrariedades da vida e nos torna marionetes nas mãos dos outros, da opinião alheia, até não sabermos mais do que gostamos ou o que queremos.

Temos o mesmo direito de dizer “NÃO”, quanto o outro tem em dizer “SIM”.

5- “Livre-arbítrio é nosso Bem Maior!”

Nossa capacidade de escolher (livre-arbítrio) se torna atrofiada porque é sempre o outro quem escolhe. O carente nunca faz prevalecer sua vontade. Sempre a vontade do outro vem na frente para que não se perca a amizade, a companhia, o status, a posição, o emprego ou o que mais lhe faz falta. Isto não significa ser indelicado ou grosseiro com os outros. Mas, ser positivo com você!

É um treino para desenvolvermos a esperteza e a diplomacia em manter nossa posição com elegância!

6- “Vivemos para exercitar nossa capacidade de escolha”

A nossa capacidade de escolha é o que nos torna humanos e nos faz conhecer a natureza Divina do Criador!

Para saber escolher precisamos nos conhecer, para optar por este ou aquele caminho. Ao fazer a escolha que verdadeiramente agrada ao nosso EU, progredimos e ficamos felizes em levar a felicidade e o progresso para o mundo a nossa volta. É a manifestação Divina em nós.

Ao contrário de quando escolhemos algo para agradar,  por medo,  por vaidade, ou inveja em ter o que o outro tem.

7- Carência  acaba com o livre–arbítrio e é a grande porta aberta para a obsessão.

Se quem escolhe é o outro, o seu obsessor também escolhe por você! E nos tornamos marionetes da sociedade.

Ninguém é feliz longe de si mesmo, dos seus desejos e anseios. E é para onde a maldade alheia nos leva: em direção contrária ao nosso “escolher”.

(Leia mais sobre “livre-arbítrio”, o nosso Bem Maior, em: https://www.estacaovagalume.com.br/2018/07/31/o-que-e-o-bem-e-o-mal/

8- SER LIVRE é poder exercer e assumir a liberdade de escolha!

Escolher sem medo das perdas que poderão surgir. Sem medo de críticas, abandonos ou de arregaçar as mangas para crescer e assumir a responsabilidade em manter a escolha.

Mas, especialmente, sem magoar ou ser grosseiro com ninguém. Incluindo nas suas escolhas, os que quiserem ir com você. E respeitando os que quiserem ir por outro caminho.

Obsessor quer que você faça a escolha dele e não a sua, pois sabe que se dará mal. Não seja escravo da vontade de ninguém. Nem de vivo, nem de morto.

9- O significado da palavra RE-LAÇÃO  é “ação de dar e trazer alguma coisa de volta”.

É a relação do DAR e RECEBER, é o ato da “TROCA”.

Então, se esperamos o BEM na “re-lação”, este BEM só será BEM, quando for o BEM para os 2 LADOS. O bem de 1 lado só é manco e não é bem, é ½bem! O que existe é dependência, medo, acomodação ou estagnação. Não é verdadeiro!

Não existe re-lacionamento sem a re-lação igualitária entre o dar e receber, ou sem reciprocidade.

Quando só um lado cede e doa,  isto é vampirismo e comodismo da parte que está te manipulando.

10- SEJA VERDADEIRA(O) COM VOCÊ!

Observe suas intenções por traz de cada escolha. Conhece-te melhor! Não manipule ninguém para seguir  suas escolhas e não se deixe manipular por ninguém. Seja livre! Seja ético!

 

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